Arequipa esconde grandes maravilhas arqueológicas, embora o Cânion do Colca seja, sem dúvida, sua principal atração turística, você também pode encontrar várias maravilhas arqueológicas e históricas, como o Complexo Arqueológico de Churajón; esses santuários darão um toque diferenciado à sua viagem ao Peru.
Venha visitar Churajón e mergulhe na história dos colonizadores pré-colombianos que habitavam essas montanhas;
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O desenvolvimento da cultura Churajón ocorreu após a queda dos Tiahuanaco e Wari, por volta de 1050 d.C.
Nos estudos e escavações realizados nesse complexo, foram encontradas cerâmicas esculturais representando certos aspectos da vida cotidiana, bem como cerâmicas de uso religioso, como a representação das deusas da fertilidade, além de cerâmicas de uso diário.
A forma de elaboração era por meio do uso de argila e adornada com pirita incrustada, quartzo e outros elementos, embora a elaboração da massa não fosse muito boa durante o período inicial de Churajón, já que apresentavam pedaços de massa crua, é possível apreciar o avanço e o aprimoramento das técnicas com o passar do tempo.
A arquitetura e o planejamento urbano de Churajón são caracterizados por terraços escalonados, nos quais foram construídas moradias para os colonos, mas é muito notável que, no início de seu desenvolvimento, não havia planejamento urbano adequado, de modo que há um padrão desordenado nos terraços, com becos fechados e espaços sem saídas.
Mas, assim como na cerâmica, a melhoria em termos de desenvolvimento urbano pode ser vista com o avanço do Churajón, desenvolvendo edifícios específicos para o desenvolvimento de cerâmica, têxteis, bem como trabalhos em ouro e prata. É importante destacar que todas as construções são feitas de pedras não trabalhadas unidas com argamassa de barro e argila.
Conclui-se também que essa sociedade deve ter sido liderada por um curaca de uma família nobre ou de elite, já que na crônica de Juan Huranca está escrito que "…o último Curaca dos antigos Puluguayas de Churajón, o Rei Sacrum, foi derrotado quando enfrentou os exércitos vindos do Titicaca…".
Quanto ao desenvolvimento da pecuária, esse vilarejo se dedicou à criação de porquinhos-da-índia, alpacas e lhamas, dos quais obtinham a carne, base de sua dieta, e a lã desses camelídeos para suas roupas, bem como um meio de transporte para seus produtos, usando a lhama como animal de carga.
Além disso, esses animais forneciam o valioso "guano", que era um importante fertilizante para suas terras e também servia como combustível.
O couro desses animais também era usado para fazer correias, sandálias e cordas usadas principalmente para amarrar as vigas dos telhados.
Também havia sepultamentos em tumbas quadradas e circulares, bem como em "Chullpas", o que seria uma clara evidência da influência de Tiahuanaco. Os enterros eram em posição fetal, com oferendas de cerâmica cheias de comida e água, para que a pessoa não passasse fome em sua próxima vida.
As ruínas do que foi a cidade de Churajón foram descobertas no ano de 1904 por Max Uhle, que publicou todas as suas descobertas em seu livro "La Cultura Puquina", publicado em 1949, mas posteriormente editado pela Universidad San Agustín de Arequipa em 1958.
Vale a pena observar que esse lugar era conhecido por existir
Localizado a 40 km da cidade de Arequipa, na comunidade de Colobaya, seguindo a mesma rota do Santuário de Chapi, a uma altitude de 3060 m.a.s.l. no Peru.
A rota de acesso ao santuário arqueológico de Churajón é uma estrada autorizada para o tráfego de carros, a 8,5 km do Centro Administrativo.
